DIA DO ARQUIVISTA

20 DE  OUTUBRO
DIA NACIONAL DO ARQUIVÍSTA

Em 20 de outubro de 1823, o então deputado Pedro de Araújo Lima, futuro Marquês de Olinda, apresentou como proposta de inclusão no projeto da Constituinte a existência de um Arquivo Público no Brasil. O referido projeto foi consagrado na Constituição de 25 de março de 1824. Mas somente 15 anos depois, o regulamento nº 2, de 2 de janeiro de 1838, durante a menoridade de D. Pedro II, estabelecia o Arquivo Público dentro do Ministério do Império, o atual Arquivo Nacional.
Diante da importância do fato histórico, comemora-se no dia 20 de outubro o Dia do Arquivista.
 "Essa data celebra a fundação da Associação dos Arquivistas Brasileiros (AAB), em 1971, no Rio de Janeiro. A instituição foi criada para valorizar a profissão do arquivista e contribuir para o desenvolvimento da arquivologia brasileira". (DUARTE, 2005, p.122)

Mas para que servem os arquivos?

Segundo DELMAS(2010), os arquivos servem para motivar eficientemente os responsáveis pelo Estado a definir uma política, justificar os gastos públicos na medida certa, fazer com que o conjunto da sociedade seja beneficiado, deixando patente o interesse público geral.
Os arquivos têm a finalidade de servir à administração, constituindo-se, com o decorrer do tempo, em base do conhecimento da história; e sua função básica e tornar disponível as informações contidas no acervo documental sob sua guarda.
Porém, com o passar dos tempos, o homem sentiu a necessidade de registrar seus atos, quer sejam eles de cunhos pessoais, quer sejam em face de suas atividades profissionais e das instituições a que prestam seus serviços. Com isso os arquivos passaram a ter uma fundamental importância tanto para a administração, no que diz respeito a arquivos em fases corrente e intermediárias, quanto para a história, que são os arquivos permanentes. Servindo de lugar de armazenamento e guarda de documentos que servirão de pesquisa e auxilio à reconstrução constante da história.
Por fim, o Arquivo serve de prova, a necessidade de se provar algo leva o homem a arquivar os documentos produzidos afim de utilizá-los posteriormente, quer seja para comprovar algo quer seja para consultar e servir de testemunho para melhoria de algo em todas as áreas possíveis – direito, administração, história, física, biologia, medicina e etc.

E o Arquivista?

O arquivista é um profissional polivalente. Ele precisa ter um conhecimento, ao mesmo tempo, amplo e específico, para assim dar conta do tratamento das informações contidas nos registros documentais produzidos pelas inúmeras atividades da sociedade. O arquivista deverá ser capaz de gerenciar a informação produzida em função das atividades de organizações públicas e privadas e de pessoas físicas, registradas em qualquer suporte ou formato. Deverá, ainda, ser capaz de planejar, organizar e coordenar projetos, serviços e instituições arquivistas. Para atender a demanda cada vez maior de uma sociedade onde as estruturas de comunicação e informação são referências centrais, o arquivista deve buscar apoio nas tecnologias de informação e no conhecimento de outros idiomas. A sua atuação requer solidez no conhecimento técnico-científico, pautada por um forte componente político e por princípios éticos.
O arquivista coordena e controla a produção, o fluxo e a difusão da informação em qualquer tempo e lugar em que estas sejam produzidas, o que significa nos mais diversos ramos da atividade humana espalhados por toda a sociedade contemporânea. O arquivista atua nas empresas privadas, nas instituições públicas, na administração federal, estadual e municipal, na Internet, nas Universidades, nos arquivos públicos e privados, nos arquivos coletivos e pessoais, nos centros de cultura, nos hospitais, em museus, em bibliotecas. Poderá atuar, ainda como docente e como pesquisador de sua área, estudando e produzindo novos conhecimentos.
O arquivista é um coletor de documentos dispersos, é o com suas capacidades específicas que se reconstituem os fundos, ele assegura, de forma permanente, o acesso a informação gerenciando de forma ordenada e eficaz as atividades a ele atribuídas; é o arquivista quem revela e preserva os segredos da vida privada, ele é ao mesmo tempo um erudito,  um organizador e um animador, pois a ele cabe saber não só armazenar as informações contidas nos conjuntos de documentos mas também ter conhecimento empírico dos assuntos que neles contém, bem como ser conhecedores das leis que regem sua tramitação, gestão e preservação.

A Arquivologia:

A Arquivologia é uma área do conhecimento das Ciências Sociais Aplicadas. Por meio de um quadro conceitual e de uma metodologia própria e específica, estuda e trata os dados contidos nos documentos arquivísticos transformando-os em informação potencialmente capaz de produzir conhecimento e desenvolvimento social. A área de atuação da Arquivologia compreende a gestão da produção, do processamento e da disseminação da informação corrente, necessária e básica para a tomada de decisões na administração contemporânea. Seu objeto de estudo e intervenção é a informação arquivística, isto é, uma informação de natureza orgânica e funcional, pública ou privada, coletiva ou pessoal, produzida, recebida e acumulada por pessoa física ou jurídica em razão de seus objetivos. Com a gestão da informação arquivística assegura-se a constituição e a preservação da memória institucional e pessoal.

            Apesar de exercerem papeis importantes nas instituições( públicas ou privadas ), estes profissionais, que tem em suas mãos atribuições específicas e singulares, devido os documentos serem objetos únicos de estudo constituídos com particularidades em cada instituição a que se vai aplicar a gestão arquivista, os mesmos ainda lutam hoje em dia em nosso país para conquistar seu espaço junto a uma sociedade que, em sua maioria, ainda desconhece a profissão e os valores e benefícios que elas trazem para o Estado como um todo.
Os arquivistas lutam pela construção de seu Conselho Federal, afim de formalizar e regulamentar a profissão, bem como valorizar mais os profissionais.
            PARABÉNS ARQUIVISTAS BRASILEIROS, VOCÊS MERECEM TODO O RESPEITO E RECONHECIMENTO NECESSÁRIOS AO DESEMPENHO DA FUNÇÃO.



Executiva Nacional dos Estudantes de Arquivologia - ENEA


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